Trago com força, sentindo um soco no peito
Defumada em êxtase, quero lamber o cigarro
Embebida em desânimo eu recordo teu nome
Assim que percorre minha língua o expurgo em escarro
Destilei desgosto toda uma vida
Cabe-me nos olhos a velhice de mil anos
Repara, amado, tem rancor no gosto da minha saliva
Mais um trago, agora o último
Cheiro de fluído e a alma envolta em massa sórdida
O vejo reger meu corpo de cima, no púlpito
Quisera eu não deseja-lo de tal forma mórbida.
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