Se pudesse eu pararia a Linha Amarela
Esculpiria uma lágrima no rosto do Cristo
E silenciaria as ondas de Copacabana
Para dar voz ao meu pranto
Não obstante cobriria a Av. das Américas de rosas
E traria ao asfalto os batuques alegres dos morros
Faria chorar ainda mais aguda a cuíca na Praia Vermelha
Para expressar minha agonia
Nos cabos do Bondinho penduraria cartões em preces
Nos metrôs as próximas estações baldeação para nós dois
O arpoador mais afiado que nunca, entrando não no mar
Mas no coração doído no peito
Eu declararia aberto o maior carnaval da história do Rio de Janeiro
Para ecoar em todas as alamedas da lapa e escorrer de todo copo de cerveja
Que eu sinto muito
Que eu sinto tudo
Que eu sinto ainda.
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