23 de dez. de 2014

Pun(pela)gente

Observo o retrato que guardei querido
Um dos poucos pontos do meu quarto colorido
Por mais azul que seja o céu ao fundo o vejo amarelo
E reluz nos meus olhos e ecoa pela alma toda cadente

Sinto por receber tanto e não poder retribuir
Dou pelo tanto que sinto e recebo também por sentir
Punge-me o peito não ser quem te dá o que me causa
E não sou eu que te transbordo a alegria que a mim comove

Tudo! o quarto, a visão e a aura... tudo cinza
O amarelo some, descolore o gosto no céu da boca
Uma agulha no centro de toda saturação, esvaindo vida
Sinto, sinto, sinto e só dói e entristece
Por não te proporcionar o que ao meu ver merece






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