27 de ago. de 2014

Apelo

Eu tô doída, embasbacada
Meu bem me diz por quê continuar?
Por que você se acomoda
Nesse bem bom que é meu amar?

Eu tô no chão, estatelada
De peito aberto na encruzilhada
Pedindo ajuda, "vai Maria Padilha!"
Gira e vai dizer que eu tô cansada

Eu tô balbuciando, afônica
Tô tentando gritar no teu ouvido
Com seu desentendimento atônita
Quero um sinalizador de avião

Que é pra gesticular na tua cara
Que eu tô me entregando
Que eu tô pronta
Que eu tô na tua mão
Me leva, me pega, não me maltrata, não.

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