7 de nov. de 2014

6 de copas

Reviro os olhos ao ser tangida pela luz que acompanha os rastros do início, quando definimos os nossos significadores. A vida toda me vi regida pelo carneiro que me impulsionou e presenteou com o ímpeto do fogo e otimismo dos corajosos: nada me surpreende que me vi no naipe primeiro, já de de cara, assim sem rodeios.
Acontece que o 8 de paus define irônico tudo o que eu faço, dá um risinho cínico, a boca rasgando pra um lado sempre que me encara de volta da mesa, eu só concordo e emudeço a boca, emprestando a voz aos pensamentos efervescentes. Aflita sob o olhar do Mago, perdida entre as espadas nesse oceano imenso eu me volto para a Lua, me pergunto qual o motivo de meus freios! Para que então a escrotisse desse Mago quando questionado os meus anseios? 
Os olhos retornam à razão e de espadas cruzadas observo o Rio correr... Abri todos as tiragens e mostrei uma a uma, todas as minhas cartas; deixei ver toda minha vontade escancarada e agora, já metamorfoseada em cálice ansioso por ser empunhado, eu já não diferencio início do fim, o teu não do teu sim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário