27 de out. de 2014

Eu quase nunca morro

Cada boca que eu beijei guarda um pouco da minha saliva
No caminho que trilhei tem marcada minha passada esquiva
A verdade, amado, te explico: minha existência é nada se não fluído
Esgueiro-me nos poros de quem acaricio e por lá fico
Cravo as unhas nas costas de quem amo e lá me finco
Até no soprar do vento eu de meus cabelos deixo os fios
Eu quase nunca morro, eu já lho disse!
Até mesmo no nascer de minha morte eu rogo:

Perece o corpo! Morri, quiçá... 
Na memória de quem toquei talvez, fiz lar eterno.


Nenhum comentário:

Postar um comentário