30 de nov. de 2014

No abismo - logo de manhã

É inestimável o dom que desenvolveste, não vês?
Até teu silêncio me negaceia com vilã maestria
Tão doce quanto amarga, essa ideia de te querer

Enquanto tua cabeça pende sonolenta ao lado
Escondo os olhos entre as mãos tremendo tensas
Olho pela janela enorme, para as árvores correndo 

Tal qual o momento de te ter corre incansável
Enquanto em pensamentos grito e peço e rezo
Para que haja silêncio e nos olhos a secura 

Que um dia aprendi tolerar em ti...
Era até mais fácil assim! 
Agora que me encostas e me sorri
Eu vejo-me beirando o fim!

Dançando na beira do abismo entre pensar e agir
Como o louco que nas cartas hoje de manhã abri.



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