4 de set. de 2014

Retorno

Não custava-te nada! Sequer o menor dos esforços!
Manteve-te indevassável, impenetrável, impedaçável
Por quantas vezes estendi-te os braços e os teus, insossos?!
Pois ficava assim! Pois deixava-me expelir o intragável!

Quando há pouco a chaga fechava, pérfida latejante
E os calos amiúde incomodavam menos a passada lenta
Vieste esmagando-me o peito feito mão de gigante
Sorriste e gracejaste de modo tal que minh'alma acalenta

Falta-me a fé jurada, o sono, a paz na madrugada
Falta-me recursos para curar-me do teu vil sorrir
Da sinfonia injusta que faz tua voz desafinada.



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