Cortei-te o caule já na base
Impedindo teu desabrochar
E tuas pétalas ao me ornarem
Caíam tão bem
Que meu gênio não as quis.
Eu sou quem aduba tua terra;
Não sei receber os frutos do plantio;
Eu sou quem aflita erra.
Onde havia flor hoje há só vazio.
Desculpa o vaso seco,
As raízes pútridas...
É que sem o sol não se vive
E eu sou a sombra,
A tesoura
Insensível.
Infértil:
A terra rota.
O Dente-de-Leão
Que morreu no meu jardim
Assassinei sem piedade!
Agora sem flor, sem caráter
Não digo nem que há saudade
Mas ranço ao que restou de mim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário