26 de out. de 2015

Um suspense vintage em uma lua leonina qualquer de agosto
O des-gozo de na ponta fria da língua sentir quente o gosto
Romperam enfim os seis meses de tão puro desgosto
Zarparam os botes salva-vidas e eu permaneci
Observei de longe o teu partir e dolorida me reergui
Então agora sou lavradora desta ilha cativa
Imposição marciana de mesmo que ferida permanecer viva
Sob uma lua nova agora eu percorro sorridente outubro
Permeada na proteção da vênus leonina de outro
Que dá o descanso do sono e me faz o rosto rubro
Eu que antes desbravava os meus incertos mares sozinha
Sinto a água agora nos tornozelos, mar manso a perder de vista
Que lugar calmo depois de ti, a existência minha.

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