13 de set. de 2016

Você assassinou meu mal estar de Janeiro...
Veio cavaleiro de passo largo, certeiro.
E eu que salivava mágoa
Entornei protesto!
Vi-me sob tão conhecido
Fitar do cabresto
E disse: Ai, não!
Ai de mim que me julgava sóbria,
Sã...
E salva.

Eis então que meu rancor se esfarelou
Diante deste presente grego de Agosto:
Um sorriso meio de lado...
Amarelo.
Eu que não erro nunca engoli em seco:
O ranço encarde o tecido mais belo.

E disse: Ai, não!
Ai de mim que me achava lívida,
Sob o véu cinza de luto pós desventurança.
Hoje sim, com o cavaleiro ao lado,
Sã...
E salva. 
Ah, que estorvo...
Eis a face parva
Desta Palerma:
                    [Ave, Minerva!

Diz que diz que não diz nada;
Que somente sente e sonha...

Mercúrio, menino, se puder acuda!
Que do seu fruto a semente busco
E floreio a boca
                    [em prece aguda:

Permita-me o dom da palavra!
Ensina-me transmitir sem falar.

Baco, amigo! Deixa-me só!
A afta que arde
Faz flambar a língua
                    [esturricada, inútil pó!

Ofereço, feito potranca mansa,
A outra face.
Entorno adstringência,
O feu tártaro.

Gosto que é da rota uva,
Estopim do estapear augusto
                    [Em meu silêncio bárbaro