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A ti que não só conheceste o castelo, como nele habitas
Que sob quimeras rastejas, fraco
Que nas minhas veias pulsas,
Intacto
A ti que permeias a vida como quem vira o frasco
E soluças na sala de estar, ávido
Feito pararraio paranóico,
Lúcido
A ti que trazes a sordidez de mil botões da boa idade,
Que insone deslizaste sob minha pele,
Nos meus sonhos
Castelos
Revoadas
Flâmulas
A ti, companheiro de calvário
Um brinde!
Bebamos como nos dias de boa saúde;
De alegria compartilhada;
De júbilo roubado.
Bebamos o silêncio que nos habita
Pois a alma lívida hesita;
O beiço trêmulo não diz
Que o amor aqui não prospera!
Mas bebamos pois,
Eis então o enterro de nossa última quimera!
Eis o último canto de Fausto que a nós espera!
Trágico, lento, poético.
Brindemos com amor e nos enlacemos em sordidez.
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