É quase o três que é número sagrado
É estabilidade, segurança, mágico
Que é quase quatro de lugar seguro
Abrigo e plenitude que é
Amar e ser também amado
Quase meço o tempo ordinário
Esquecendo que o meu passo resiste
Mania torta de ser sempre o contrário
No nosso mundo de quase três existe
A vivência de uma quase vida inteira
A calmaria de um bosque palco fortuito
O enlaçar de almas em pontas de dedos
São quase três agora, mas não conto assim
São quase três vidas, como eu conto só diz respeito a mim.
17 de abr. de 2015
Tatu
Fiz meu ninho em ti, na pele crua
E despi a alma sem esforço algum
Tens-me assim: pura, nua
Da minha casa conheces o porão
E as flores no jardim
Traz o foco quando me falta a visão
Semeia o sorriso
E és estimado lar
Pra ti e pra mim
Fiz meu ninho em ti, nos nós do seu cabelo
E das nossas mãos
Visto-te só de amor e zelo
O resto dis-penso
O subjetivo é teu e também o palpável
Nosso ninho se faz tão imenso
No enlace singelo
De toda manhã na conchinha
Tão segura, confortável
Eu te amo! Me abraça? Eu te amo!
E despi a alma sem esforço algum
Tens-me assim: pura, nua
Da minha casa conheces o porão
E as flores no jardim
Traz o foco quando me falta a visão
Semeia o sorriso
E és estimado lar
Pra ti e pra mim
Fiz meu ninho em ti, nos nós do seu cabelo
E das nossas mãos
Visto-te só de amor e zelo
O resto dis-penso
O subjetivo é teu e também o palpável
Nosso ninho se faz tão imenso
No enlace singelo
De toda manhã na conchinha
Tão segura, confortável
Eu te amo! Me abraça? Eu te amo!
Prayer
I hear you say my name
Enquanto tudo ao redor explode
E as vozes conhecidas somem
De membros puídos e ossos fundos
Eu sigo: persisto em ser prole
Enquanto tudo ao redor explode
E as vozes conhecidas somem
De membros puídos e ossos fundos
Eu sigo: persisto em ser prole
A sucessão que me cabe me dói e fere
Enclausurada na egrégora que é mortalha
De uma vida inteira. Vivo o abate da inocência
Pois perante a carne o sangue falha
Foi então - a minha - geração disparatada?
Enclausurada na egrégora que é mortalha
De uma vida inteira. Vivo o abate da inocência
Pois perante a carne o sangue falha
Foi então - a minha - geração disparatada?
Meus membros caem, despencam do tronco
O que me revestia antes se põe roto
Da árvore dessa família, fui galho bronco
Mas a seiva - a que pulsa e nutre e não é sangue
O que me revestia antes se põe roto
Da árvore dessa família, fui galho bronco
Mas a seiva - a que pulsa e nutre e não é sangue
Mantém calma a alma, o viver esperançoso
Hiatos alegres dentre um cotidiano pesaroso
As raízes abatidas já não abalam mais
Os galhos jovens, saudáveis, que não sozinha fortaleci
And it feels like home
Hiatos alegres dentre um cotidiano pesaroso
As raízes abatidas já não abalam mais
Os galhos jovens, saudáveis, que não sozinha fortaleci
And it feels like home
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