Corro os olhos em carimbos de versos defasados
Febres de eloqüência transbordando viver pesado
No preto das letras residia mais o cinza opaco
Cinza que é a cor e o resto do meu cigarro
Mas hoje minha retina é manchada de aquarela
Cores teimosas-dançantes, borrando as linhas
Agora febres de silêncio e contemplação serena
Enxergo a vida e a obra de maneira mais bela
Cada letra agora arremesso com dificuldade
O braço pesa não pela ausência de inspiração
Mas pelo êxtase de enfim vivenciar felicidade
É mais fácil olhar por nós através das cores
Deixar os rascunhos de lado
Rabiscar sorrindo o maior dos amores.
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