11 de set. de 2012

Ode Reverso à minha doce infância


Então você me via, agora não mais
Não me pergunte onde eu estou
Porque eu sozinha sou mil lugares
Não questione minhas convicções
Não petrifique meus questionamentos

Eu estava ali, agora estou aqui?
Arquitetei uma fortaleza imensa
Fortaleci todos os heróis que criei em mim

Quando ando em quartos lotados
Sinto como se fosse a minha sentença
Desde então eu sempre soube o que não me pertencia
O peso da mão e do julgamento
Invisibilidade agora é meu novo superpoder

Não me chame porque não me encontro em casa
Não conte até três porque eu achei um lugar secreto
E de lá eu não saí, nunca mais
Desapareci de toda a sua alegria
Fugi da fantasia que é viver nessa família


Munida de punhos ágeis
Cega de lágrimas orgulhosas
Adeus





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