23 de mai. de 2011

Abstinência

Te quero, te calço, te quebro, te abraço
Te curo, te enlaço, um nó bem atado que só eu desfaço
Exalo desejo, gana, preciso do beijo
Daquele que amo e que, nossa, me ama
E nesses versos rápidos, deveras corridos
Lábios ávidos, procuram os teus e os braços
Estendidos a todo momento e nunca cansados
Esperam o teu coração colado ao meu palpitar.

21 de mai. de 2011

Sozinha

O que me invade é o vazio
A sensação de insegurança
Sinto que tudo de melhor partiu e
Posso deitar-me aqui sem motivo aparente

Porque seu lado da cama - sempre o esquerdo - está feito
Minhas costas passam frio quando é noite
Qualquer sentimento é dúvida
E o sono já foi-se daqui.


(...Em algum lugar de 2009)

3 de mai. de 2011

Ode to my family







"My mother, my mother

Did she hold me when I was out there?

My father, my father...

Did he like me? Does anyone care?"

Pela emoção de transformar


Minhas loucuras, desejos
Meu surtos, minha calma
Minhas roupas, cabelo
Tudo meu, tudo cá na alma
Meu rock, sapatos, metal
Meu doom, minhas crises
Meu ócio incessante,
Energia vital
Meu passos, tão largos
Largados, corridos
Pesados
Mutantes que mudam
O tempo, distantes
Afundam
O fardo do alento
Da mudança constante
Meu eu ao relento
Mudo,reviro, desfaço
Gritando, calada na frente
De todos na praça
Mudo, mudei, mudarei...
A mudança que nem todos vêem
Mudança que só eu sei.