3 de mar. de 2011

...É quando meu grito ultrapassa as barreiras do audível e toma forma escancarada em minha tez cansada, toma partido nas minhas atitudes insensatas e carregadas de altivez;
É quando olho para minh'alma cor-de-nada nutrida de manchas sinuiosas que insistem em preencher cada canto tétrico da minha existência;
É nesse momento, que esmero ocultar-me os pedacinhos sórdidos e caminho lépida, mentirosa.
Minto para mim, para ti e para o que me cerca. Pincelo um pouquinho de cor nesse meu mundo. Inebrio quinas e praças do meu além-corpo, me ausento da consciência pra que o farda não se faça presente em pesar.
Em suma, como um palhaço, eu sigo jubilosa mas entornando o pranto aos borbotões.

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