17 de mar. de 2010

Inexplicável - amor

Acredito que até este momento na minha vida tive várias paixões. Vivi intensamente por cada uma delas, muitas vezes intensamente até demais... A ponto de me prejudicar, prejudicar outras pessoas também. Tive inúmeras atrações platônicas que jamais revelei a ninguém; tive meus namoradinhos; meu primeiro namorado sério. Dizem que o primeiro "amor" não se esquece, mas eu imagino se muitas vezes esse amor não seria o primeiro relacionamento intenso que se tem com alguém... Aqueles primeiros momentos em que tudo são flores, quando você se sente bem e conta todos os seus segredos, quando pela primeira vez você dorme envolvida nos braços de alguém de quem se gosta. Isso sim, não se esquece. A sensação nova que se adquire a cada carinho antes inexplorado, a cada momento que você não tinha vivido até ali. Isso é, sem dúvida, inesquecível. Mas no meu caso? Era paixão. Daquelas bem fogo-de-palha mesmo... Incendeia no início, e com o tempo de apaga, deixando ruínas funestas pra trás. Isso acontece todos os dias, com todo mundo. Tenho minhas dúvidas se alguém nesse planeta não passou por isso. E machuca... Não nego. Mas o que dói realmente, não é o fato de que acabou, não. Um dia tudo acaba, e eu vivo bem com isso... O que machuca é lembrar da sensação, daquele fogo todo, e olhar pra baixo e ver as cinzas. A dor vem do riso, dos carinhos, da cumplicidade... É de lá que ela vem. Não dos momentos ruins, desses a gente sente raiva, ódio. A tristeza bate quando se lembra dos momentos bons. E a paixão nada mais é que isso, um mar de alegria e libido, que aos poucos seca. Agora o amor? Eu acredito que o amor vai permanecer indescritível para sempre, e por muitos até desconhecido.  Pois só eu sei o que eu sinto, e somente eu sei o tamanho do palavra que seria necessária para descrevê-lo. Mas permaneço com certeza, respeito, carinho, companheirismo e... amor. 

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