25 de dez. de 2013

Por ele o impossivel

Como é ruim, a sensação de impotência. Sinto que a distância tomou-me os dois braços, aniquilou-me as pernas e arrancou-me o coração pela boca. Tudo pesa, tudo doi. Sinto-me eventualmente paraplégica.
Tudo que eu queria nesse mesmo segundo era estar perto daquele que amo, mesmo que, se necessário fosse, ficar quieta ao lado, fazendo-me presente. Dói agudo lá no canto mais remoto da alma, essa agonia de ver quem amo sofrendo e não poder fazer nada. Gostaria de arrancar-lhe todas as dores pra mim, prefiro tudo sobre meus ombros do que ficar aqui observando e esperando o tempo e essa angústia passarem.  Eu juro, suportava. Suportava só por saber que nele não habitaria mais dor alguma!
Inverossímil me soa, uma pessoa tão querida, tão amada, aos meus caprichosos olhos augusta, sentir a menor pontada de dor. Faz-me querer enfrentar esse Deus e perguntar por quê. Faz-me querer pedir que tudo viesse para mim. Consigo ser forte por nós dois, já suportei tanto.. e acho que é bem por isso que me lateja a alma ver alguém tão amado por mim se doendo.

Queria arrancar com os dentes todo penar do peito dele, que amo tanto. Queria só parar o mundo, pra deixa-lo se encolher em mim ate tudo isso sanar. Eu juro, ficaria ali o tempo que fosse. Por ele o impossivel.

28 de ago. de 2013

Light my way towards where I Belong.

Preciso confessar que fiquei um tanto perdida nas últimas horas. Não estou acostumada com isso. As crises emocionais e todo o resto sempre partem de mim, e quem segura as pontas e me aperta forte na conchinha é você. Peço desculpas se pareci meio tonta a princípio ou qualquer coisa do tipo, na verdade eu só me impressionei porque pela primeira vez, eu tive que te proteger do resto do mundo. Como quase tudo que eu escrevi ultimamente, esse texto vai para você.

Sei que nosso tempo juntos não é muito, mas nós dois sabemos no âmago que passamos por muita coisa juntos. Desde momentos hilários a crises fortíssimas que poderiam ter nos afetado. Não deixamos. E mais uma vez não deixaremos. Nosso amor é forte, tudo o que construímos até aqui é sólido e o quanto evoluímos um do lado do outro imensurável. Não posso te prometer que essa será a última barra pela qual teremos que passar, mas posso prometer dar o melhor de mim a cada segundo, posso prometer prender a minha respiração e te apertar com toda a minha força para que a gente esqueça dos problemas por alguns segundos. Faço isso com todo o prazer do mundo e eu sei que você consegue, que a gente consegue junto se nos apoiarmos um no outro como temos feito até agora. E é esse o plano: seguirmos juntos de mãos bem dadas e passar por cima de todos os problemas.
Não sei ao certo se posso dizer que conheci muitas pessoas ao longo da vida, eu acredito que não, mas entre todas elas, você é quem eu mais admiro. Você é um ser humano, com defeitos, com manias e fraquezas, mas é possuidor de um caráter inefável, de uma postura exemplar e encantadora. Eu não me apaixonei por você naquela noite, no Barfly, de graça. Acho que eu nunca te disse isso, mas foi bem assim, foi naquela noite que eu me apaixonei e, aos poucos, fomos construindo esse amor que é a melhor coisa que já tive o privilégio de viver até hoje. Sou grata, imensuravelmente, indescritivelmente grata pela sua presença na minha vida e por toda a luz e a felicidade que você me traz. Seja através das nossas conversas, nossos momentos carinhosos, nossas brincadeiras, todo o nosso crescimento um do lado do outro. Depois de todos esses momentos, e depois de todos os seus lados que conheci até agora, posso dizer: João, você é uma pessoa maravilhosa, a minha favorita no mundo, é forte, obstinado e bondoso. Sei que a gente passa por isso fácil, fácil. Sei porque quem está no barco comigo é você, e eu confio que você é mais do que capaz do que remar ao meu lado, esse barco não vai afundar. Como um farol, você me guia nos momentos difíceis e hoje, eu não posso tomar a tua mão e te levar, mas quero enxergar o caminho certo com você.
Eu te amo muito, absurdamente! Confia em mim, que tudo dará certo. <3 p="">

11 de mar. de 2013

Eu tive muita sorte


Sorte de encontrar alguém pra ver e para lavar minha alma. Eu tive vergonha de mostrar quem eu sou e tudo o que eu fiz, eu tive força para encarar. Você enxerga toda a minha luz e ama toda a minha escuridão.
João, meu amor, você foi a melhor decisão que eu tomei. Você foi a conversa despretensiosa mais ditosa de todas. Eu gostaria de juntar algumas letras e conseguir exprimir toda a emoção que se assoma quando lembro da noite em que eu decidi puxar assunto porque "Aquele não é o amigo da Ana Paula? Puxa, ele tá ali sozinho.". Jamais seria capaz de imaginar todas as coisas que viriam a acontecer, todo o crescimento que eu compartilharia contigo, o apoio nos momentos difíceis e os sorrisos tímidos quando você me pega rindo de você. Esses dias, no sushi, eu me peguei te olhando e pensando que fazia muito tempo que eu não olhava para alguém com tanta admiração e carinho, se é que já olhei. Você é mesmo uma figura.
Meu refúgio do mundo são os nossos momentos, as noites quando conversamos sobre tudo e nós mesmos... O melhor lugar para se estar é em qualquer lugar sozinha contigo, onde eu sou eu mesma de verdade. Na verdade eu queria dividir esse mundo só com você (E quem sabe com o Govo. Quem sabe.), eu queria ter te (re)conhecido antes para poder passar mais tempo ao seu lado, para aprender mais e ter um baú de boas recordações mais farto.
Eu realmente, REALMENTE ACERTEI MUITO quando decidi conversar com você naquele canto do fly. Eu te amo muito, como meu namorado, meu melhor amigo e lugar favorito do mundo. Chega a ser angustiante a ansiedade que sinto por tudo que ainda vamos viver, a ânsia de dormir do teu lado... Porque eu sei que todo dia contigo é sempre melhor!

30 de jan. de 2013

O centro do erro.

Vou descendo para dentro de mim em uma espiral frenética... Horas se passam, anos se passam e eu nunca paro, nunca alcanço o fundo. Não sei do meu limite. Durante a queda eu só desejo atingir o chão com toda a minha força, fazer o baque ecoar em toda a minha existência. Queria chegar no piso, no centro do erro.
Acredito que esse piso seria quebradiço em determinadas partes e incrivelmente resistente em outras mas sobretudo ele seria quente e acolhedor como se implorasse para ser tocado. Seria o chão perfeito para se deitar e ler. Haveria contudo de se tomar muito cuidado porque ele poderia se quebrar a qualquer momento.  Vale ressaltar que esse chão seria também instável, bem intencionado mas inclinado à tragédia, tendencioso a engolir ou rasgar com sua superfície escabrosa quem nele deitasse.
Sobre esse chão haveria uma estante com semblante cansado. Catatônico. Eu sei que se olhasse para ela sentiria que ela decepcionou-se com os volumes que guarda. Nesses livros estaria registrada toda a minha vida. Cada pensamento e diálogo, cada decisão. É por isso que a estante seria tão melancólica: pois ela vê o eu que ninguém mais vê. Eu sei também que ela seria triste por saber da minha dor, saber do peso que levanto nos calcanhares a cada passo. Sei que eu gostaria de ler todos os livros que ela castamente carrega... Rabiscaria muitos deles e sei que com lágrimas eu borraria algumas páginas. 
Assim eu imagino o centro, o cerne de todo meu erro... Mas a estante ainda espera minha visita e o piso permanece inalcançável. 

Eu continuo caindo e girando no vazio.