11 de ago. de 2010

Sobre mim? Sou feita de dúvidas: as empilho cuidadosamente uma a uma nesse meu peito já pesado e as mimo - me são infinitamente preciosas. Nessa minha fortaleza me escondo, por de trás de mil e uma incertezas e as amo... É através delas que rabisco esse mundo com a minha presença. É o meu duvidar que aviva a minha chama de esperança. A certeza me deprime, me arranca da alma um pedaço. A dúvida me excita, me guia, me faz ir atrás da verdade. Ocasionalmente, eu gosto de pensar que talvez nem mesmo eu exista. Quem sou eu para discordar?
Emoção. É o que mantém-me viva. É para ela que vivo! Salvos sejam os sentimentos! Desde o pesar mais escroto, até mesmo a felicidade mais absurda! Intensifico! Dramatizo, faço pose de heroína e faço cair por terra qualquer um que me contrarie! Pois é pelo arder no peito é que vivo, seja de dor, seja de amor! Eu preciso sentir! Que se mandem as mal-comidas e os borocoxôs, me tragam emoção! Um pouquinho de vida, por favor.
Defensora de minha opiniões, hedonista! Eternamente fiél para com minhas vontades e prazeres, porém covarde. Covarde por ter medo da vida e do mundo como é. Por olhar em volta e ver depravação, a escória. Me orgulho por enxergar... Mas é aquela velha máxima: "Ignorância é felicidade". Já quis desistir de mim, mas eu vejo que nada nesse mundo é mais importante do que sou e do que guardo aqui dentro. Chame de egoísmo, do que quiser... Mas não me conceitue, me faça o favor de não querer me rotular, que Ana Vitória Cabral Infante da Câmara Teixeira só há uma. Esta sou eu.
E se meu futuro exigir alguma cor, eu o pintarei de preto.
What if i was gone tomorrow? how would it be like?
Would my friends still see my face while they're sleeping
As my world fades to grey?
Sometimes I feel like watching days
Passing by as i try not to breathe, not to bleed again

No more pain, enough tears let's
Paint it black i'm sick of what i am
Hopeless dreams I try to reach
Seem so far, i am so weak

1 de ago. de 2010

(01/08/2010)Por detrás de meus olhos eu desenho teu rosto, teu olhar cansado, puro, sereno... Me envolvendo e me tornando criança, destemida e sobretudo segura! Eu me perdi dentro deles... Te juro meu amor, estou perdida!
Sinto o peso dos seu olhar sobre meu corpo, sôfrego... Delirando docemente me vejo novamente ao teu lado, não perco nenhum detalhe! Tuas mãos ávidas percorrem meu corpo e eu me deixo envolver, não resisto... Preciso do teu calor, me entorpecer do teu cheiro!
Quero gritar bem alto tudo que mais quero desta vida! Vomitar meus pulmões, vociferando claramente todas as minhas angústias! Estou farta de desventuras, me afoguei em lágrimas...

Sonhos! Ah, que são eles?!

Quem sou eu para tê-los?!

Que mereço eu desta vida, senão o caminhar desalentado?

Não há esperança, nem mesmo um só desejo tangível... Sonhos! E que gosto têm?
Ah, queria eu poder sonhar! Queria poder permitir-me esse luxo, esse inocente enganar!

Sinto a alma diminuir, calma, silenciosamente... Que queres de mim? Maldita... Te alimento não só de tristeza, mas também de voluptuosidade! De vontade! Desejos! Dê-me tempo! Hei de me curar! Hei de juntar-me os pedaços e sonhar! - Oh! Como os quero, como morreria por uma noite deliciosa, repleta de fantasia!

Destinada eternamente a tristeza e a viver no lodo desse mundo... Onde a dor é tão real que ao caminhar, sinto-me sangrar, pulsando e anseando pela morte... Descanso! Um sono eterno, mais uma noite infinita, sem meu tão desejado sonhar!